Homem, 72 anos, bancário aposentado, refere que há dois meses sofreu uma arranhadura no antebraço direito, enquanto estava fazendo serviço de mecânica sob um veículo. Usou um produto para remover a graxa no local, e notou, no dia seguinte, pápula avermelhada assintomática, de crescimento centrífugo. Três dias depois, procurou serviço médico, sendo diagnosticado ‘‘alergia’’, para a qual foi prescrito uma pomada e filtro solar, que não impediram a progressão da lesão. Esta evoluiu para uma placa ulcerada com eliminação de secreção serossanguinolenta que ocupou quase todo o antebraço direito, sem apresentar sintomas sistêmicos ou linfonodomegalia regional. Negava hábitos nocivos a saúde, doenças prévias ou contato com aves em geral. Realizou biópsia, sendo diagnosticado criptococose cutânea, e foi submetido a punção lombar, exames laboratoriais gerais, culturas de escarro e urina, e radiografia de tórax, todos sem anormalidades. Foi tratado com itraconazol, na dosagem de 200 miligramas por dia, com remissão total após quatro meses.