Enero-Marzo 2024 97
ISSN 1317-987X
 
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Reumatología
Doença coronária isquêmica em lúpus eritematoso sistêmico

Fatores de risco associados a doença aterosclerótica em pacientes com LES

Vários estudos descreveram diferentes fatores de risco associados ao espectro morbidade e mortalidade do LES, fazendo comparações entre os subgrupos de pacientes com e sem aterosclerose, com o intuito de definir fatores prognósticos ou riscos de eventos cardiovasculares.

Gladman & Urowitz (1987) analisaram 45 pacientes com aterosclerose que se manifestou como angina, IAM ou ambos (8,9%) de um grupo de 507 pacientes. A média de idade no início do LES foi de 43 anos (9 a 68 anos) e a média de idade por ocasião do diagnóstico de aterosclerose foi de 48 anos (25 a 73 anos). Ao serem comparados com os pacientes sem aterosclerose, os 45 pacientes apresentaram maior freqüência de pericardite, miocardite, falência cardíaca congestiva, hipertensão arterial sistêmica (HAS), hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia, hiperglicemia e diabetes mellitus.

Em 1989, Jonsson et al. , em estudo de 86 pacientes, compararam os casos que apresentaram IAM (12%) com o grupo de pacientes sem eventos cardiovasculares. A duração da doença (19,5 anos versus 6,5 anos) e o período de corticoterapia (81% versus 46% do tempo de observação em uso de corticosteróide) foram associados à doença coronária. O risco de IAM no grupo dos 86 pacientes avaliados (84% de mulheres) foi 9 vezes maior que o da população geral pareada por idade.

Petri et al. (1992a) relataram a prevalência de 8,3% de eventos cardiovasculares como angina, IAM ou morte súbita (19 pacientes) num grupo de 229 pacientes em seguimento. Dos 10 óbitos, 3 (30%) foram atribuídos a esses eventos. A comparação desses pacientes com o grupo sem eventos cardiovasculares revelou diferenças quanto à idade mais tardia do diagnóstico de LES (37,1 anos versus 28,9 anos), longa duração da doença (12,3 versus 8,1 anos), longo tempo de uso de prednisona (14,3 anos versus 7,2 anos), nível sérico elevado de CT (271,2 mg/dL versus 214 mg/dL), história de HAS e uso de medicações anti-hipertensivas e obesidade.

Abu-Shakra et al. (1995a), no seguimento de 665 pacientes observaram que 25% das causas de morte foram devidos ao IAM, acidente vascular cerebral (AVC), falência cardíaca congestiva ou morte súbita. Dezessete por cento dos pacientes, com menos de 5 anos de LES, e 30% daqueles, com mais de 5 anos de doença, tiveram eventos cardio e cerebrovasculares agudos como causas primárias dos óbitos. A aterosclerose foi o maior fator contribuinte para a mortalidade. Das 40 autópsias realizadas, 21 (54%) mostraram aterosclerose moderada a grave de artérias coronárias, renais e/ou cerebrais.

Manzi et al. (1997) estratificaram os eventos cardiovasculares definidos por IAM e angina em 498 mulheres com LES, considerando faixa etária e tipo de evento, e os compararam com 2.208 mulheres sem LES, do estudo de Framingham, no período de 14 anos do estudo. As pacientes de 35 a 44 anos apresentaram risco 52 vezes maior de terem eventos cardiovasculares do que as mulheres controles pareadas pela faixa etária. A média de idade das 33 pacientes na época do evento cardíaco foi de 48 anos. Em contraste com a população geral, 67% destas tinham idade inferior a 55 anos. Quando se comparou grupo de mulheres com LES com e sem eventos cadiovasculares, observou-se que o diagnóstico de LES em idade mais avançada (39 anos versus 34 anos), maior tempo de doença (13 anos versus 10 anos), corticoterapia prolongada (11 anos versus 7 anos), hipercolesterolemia (18% versus 4%) e menopausa (48% versus 29%) foram as variáveis que mostraram associação estatisticamente significantes com eventos cardiovasculares.

O exame subsidiário ideal para o diagnóstico precoce de doença aterosclerótica ainda não está estabelecido. Ultrassonografia de carótidas para detecção de placas ateromatosas (MANZI et al 1999), cintilografia miocárdica (SATO et al 2000) e uso de ultrassonografia de alta resolução para medidas de diâmetro arterial e estudo da reatividade vascular induzida por aumento de fluxo (SATO et al 1999) são alguns dos métodos que tentam fazer diagnóstico precoce da alteração vascular secundária à aterosclerose.

Em razão do maior risco de doença coronária em mulheres com LES, médicos que tratam destas pacientes devem ter uma especial preocupação com o controle dos fatores que possam contribuir para o desenvolvimento da doença aterosclerótica. Orientações gerais, não tem custo adicional no tratamento e podem ser muito benéficas, mas, para que sejam eficazes, deve ter adesão das pacientes. Para isso, deve-se fazer conscientização dos riscos associados a estes fatores e salientar seus benefícios.

A orientação dietética é muito importante, enfatizando a alimentação balanceada, com menor teor de gordura de origem animal, rico em cálcio e quando necessário, com menos calorias. Deve-se evitar a obesidade, estimular a atividade física regular e evitar o fumo. Deve-se utilizar a menor dose efetiva de corticoesteróides, associando antimaláricos para reduzir necessidade de corticoesteróides (Meinão et al, 1995) ou imunossupressores quando houver necessidade de uso de altas doses de corticoesteroides por tempo prolongado. O controle rigoroso dos níveis de colesterol e da hipertensão arterial também deve ser uma preocupação constante. A segurança da reposição hormonal em mulheres com LES ainda não está definida em estudos controlados, mas, há tendência de se permitir o uso de hormônios em mulheres com LES fora de atividade, sem anticorpos anticardiolipina e sem antecedentes de trombose.

Introducción
Epidemiologia da doença arterial coronária em LES
Fatores de risco associados a doença aterosclerótica em pacientes com LES
Refêrencias bibliográficas

NOTA: Toda la información que se brinda en este artículo es de carácter investigativo y con fines académicos y de actualización para estudiantes y profesionales de la salud. En ningún caso es de carácter general ni sustituye el asesoramiento de un médico. Ante cualquier duda que pueda tener sobre su estado de salud, consulte con su médico o especialista.





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